Confira alguns desses boatos que chegaram a causar desespero em muitos e, nos quais muitos ainda crêem.
A Lenda dos Gigantes
Houve muita especulação em torno desta notícia que, em junho foi veiculada em sites, listas, blogs evangélicos.
A reportagem mostrava uma escavação no deserto da Arábia Saudita que teria revelado a existência de um esqueleto humano de um tamanho fenomenal e, trazia também uma foto mostrando um pesquisador ao lado de um enorme crânio.
Inicialmente a reportagem foi publicada no jornal The New Nation, de Bangladesh, mas se alastrou por toda internet, mexendo com a imaginação de muitos evangélicos, pois para os que lêem a bíblia, a descoberta poderia corroborar cientificamente alguns relatos do Livro de Gênesis que mencionam a existência de gigantes na Antiguidade, os enaquins.
Cristãos de todos os lugares acreditaram ser uma prova irrefutável da veracidade das Escrituras, porém em pouco tempo foi descoberto que a foto não passava de uma montagem feita para um concurso de manipulação de imagens realizado em outubro de 2002, imagens esta que concorria com os restos mortais dos personagens de desenhos animados Fred Flingstones e da Logomarca da Wolkswagen, supostamente encontrada num monumento egípcio milenar.
O assunto que outrora causou tanto alvoroço foi tema da área especial sobre spams do portal Terra, em matéria InfoGuerra, site especializado em segurança de Informática, nele havia o seguinte comentário: “Um boato sobre a suposta descoberta de esqueletos gigantes no deserto árabe tem sido divulgado intensamente (…) A ‘notícia’ atingiu especialmente blogueiros e sites cristãos, para os quais a descoberta confirmaria passagens do texto bíblico.”
Existência de Gigantes de acordo com a ciência
As gigantescas construções, encontradas na costa da Ilha de Okinawa, são restos de uma cidade e uma pirâmide dos tempos da Lemúria, onde cada bloco tem mais de 8 metros de altura e pesa centenas de toneladas, maiores que os blocos da pirâmide de Quéops, no Egito.
Segundo afirmações do VM Samael Aun Weor, em toda aquela região do Oceano Pacífico existiu um continente gigantesco, muitíssimo anterior à Atlântida, chamado MU, ou Lemúria. Essa civilização lemuriana existiu há cerca de 60 milhões de anos. A altura média dos lemurianos era de 10 metros. Portanto, até seus templos eram descomunais. Outro local que fazia parte da Lemúria é a Ilha de Páscoa, onde vemos os famosos Muais, ou Moais (que significa: Os Seres de Mu).
A Lenda do dia que “sumiu”
Outra história também bastante lembrada é do dia que falta na história, porém esta foi difundida bem antes do surgimento da internet, mas após isso se propagou com muita rapidez, muitos ainda recebem e-mails sobre isso.
A história conta que, nos anos 60, cientistas da NASA, ao participarem de um levantamento sobre a posição do sol, da lua e dos planetas nos últimos séculos, teriam percebido que faltava um dia na história do universo. Um dos participantes teria então lembrado do que aprendera na Escola Dominical sobre os relatos do livro Bíblico de Josué, onde no capítulo 10, está o registro do dia em que o líder hebreu, percebendo que seu exército estava prestes a vencer uma batalha, pediu a Deus que o sol parasse, a fim de prolongar a claridade do dia e consolidar a vitória de Israel.
A verdade é que o tal levantamento da NASA foi pura especulação. A suposta pesquisa sobre o dia que falta surgiu num livro escrito pelo cientista Harry Rimmer, publicado em 1936. Nele, o autor menciona outro livro publicado em 1890, de um professor da Universidade de Yale que falava sobre o tal dia. Por volta de 1960, a história do cientista já circulava em vários âmbitos. Harold Hill, escritor e presidente da Curtis Engine Company, passou a contá-la para seus alunos. Após ser comentada na coluna de um jornal de Indiana, nos EUA, a notícia começou a se espalhar na forma de artigos, devidamente reproduzidos em boletins de igrejas e citados por pregadores. Hill, por sua vez, reconheceu não ter nenhuma prova do que contou, mas nunca abriu mão de considerar o relato verdadeiro, dedicando-lhe, inclusive, um capítulo todo de um livro seu – e, infelizmente, quem creu na história não demonstrou muito interesse em saber a verdade.
Satanismo da Procter & Gamble
Este foi outro boato que alarmou os cristãos de todo o mundo, referente à multinacional Procter & Gamble (P&G), fabricante de produtos de beleza e higiene, incentivava o satanismo.
Essa lenda, que existe desde 1980, começou no Mississipi, quando ao olhar o logotipo da empresa, um indivíduo não identificado, acreditou ser "satânico", vendo numa lua um velho rodeado por 13 estrelas que formavam o 666. O logo da empresa, que existia desde 1851, na verdade fazia referência às 13 colônias norte-americanas.
Após isso surgiu o boato de uma suposta declaração do presidente em um programa de TV dos EUA, dizendo que 10% dos lucros da corporação eram destinados à igreja de Satanás em território americano.
Começou a piorar quando o dirigente da P&G teria acrescentado, com ares de bravata, que não temia qualquer retaliação por parte dos evangélicos contra os seus produtos, o que acabou causando uma verdadeira cruzada contra a empresa, que atingiu até o Brasil, onde as mães zelosas evitaram até mesmo vestir seus bebês com as fraldas fabricadas pela empresa, já que, como se dizia, as peças tinham escondida, a imagem da Besta.
Só que além de a declaração do presidente da P&G nunca ter sido dada – os cinco diferentes apresentadores mencionados no boato desmentiram que a entrevista tivesse sido feita – também não existe nenhuma prova que realmente exista marca satânica nos rótulos dos produtos da multinacional.
Após os processos judiciais (todos ganhos pela P&G) contra 15 pessoas acusadas de plantar boatos (entre eles 6 representantes da Amway, empresa concorrente da P&G) e anos respondendo às cartas e telefonemas de clientes, em abril de 1985, a P&G retirou o logotipo da empresa para acabar com os boatos, o que não adiantou muito, os boatos ressurgiram na internet anos depois.
Confira o trecho de um e-mail, traduzido, de resposta da empresa P&G sobre os boatos.
"O comentário no e-mail sobre "não haver bastante cristãos para fazer diferença" tem a intenção de inflamar os leitores ao ponto de boicotar os produtos da P&G. Naturalmente essa declaração "esquema de sangue"; essa é sua finalidade. A declaração comete também um grave erro: três de cada quatro americanos adultos são cristãos, e os americanos adultos são o grupo consumidor-alvo da P&G.
O boato é moldado de maneira a ofender três quartos do público comprador da P&G e influenciá-lo a boicotar os produtos da P&G em protesto. Aqueles cujo primeiro instinto é reagir raivosamente ao comentário "não haver bastante cristãos" devem, ao invés disso, parar para refletir que "suas correntes estão sendo puxadas" (estão sendo provocados) deliberadamente por aqueles que prefeririam (por suas próprias razões) que as pessoas não comprem da Procter & Gamble."
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